Versões foram apresentadas pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, senador Jorginho Mello e pelo líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho
Desde que as denúncias envolvendo irregularidades no contrato para a compra da vacina indiana Covaxin – feitas pelo servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda e por seu irmão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) – vieram à tona, o governo Jair Bolsonaro já apresentou ao menos três versões diferentes para tentar justificar a operação.
Dados reunidos pela Folha de S.Paulo mostraram o valor recebido por diversos apresentadores para falarem bem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e das decisões de seu governo.
A lista começa pela apresentadora Luciana Gimenez. Admiradora do chefe do executivo, a comandante do SuperPop e Luciana By Night recebeu o montante de R$ 51 mil por meio do Magic Lu Produções.
Na continuação dos pagamentos aparece o jornalista Luís Ernesto Lacombe, que recebeu R$ 20 mil por meio da empresa Lala Produções.
Nelson Rubensé outro a figurar na lista dos recebedores. Em 2019, o ex-apresentador do TV Fama recebeu R$ 3.474 para fazer propaganda do governo.
Apresentador do Balanço Geral RJ, Tino Júnior recebeu a quantia de R$ 45, 7 mil em repasses para a empresa “Que isso Fera!!!” Serviços de Produções Artísticas e Eventos.
No final de março deste ano, a bilionária venda da vacina indiana Covaxin para o governo brasileiro havia, ao menos teoricamente, subido no telhado. Luis Miranda (foto), o deputado que na semana passada ganhou os holofotes ao denunciar a existência de um possível esquema de corrupção por trás do negócio, tinha acabado de ir até o presidente Jair Bolsonaro relatar as suspeitas em torno do contrato. Funcionário de carreira do Ministério da Saúde e lotado justamente no setor encarregado de cuidar das importações de medicamentos, o irmão dele, Luis Ricardo Miranda, estava sob pressão para deixar o processo de compra da Covaxin correr mesmo diante de vários indícios de irregularidades. Bolsonaro, como contou o deputado à CPI da Covid, prometeu acionar a Polícia Federal para apurar as suspeitas, mas não há sinal de que qualquer investigação tenha sido aberta. O presidente teria dito ainda, durante o tête-à-tête com Luis Miranda, que o rolo da vacina era coisa de Ricardo Barros, líder do governo na Câmara dos Deputados. As suspeitas levantadas pelo parlamentar deram à CPI uma linha de investigação que pode resultar em problemas concretos para Bolsonaro.
Representante da empresa Davati Medical Supply afirmou à repórter Constança Rezende que proposta partiu de Roberto Dias, diretor do Ministério da Saúde
O representante de uma vendedora de vacinas afirmou em entrevista à Folha que recebeu pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde. Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, disse que o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, cobrou a propina em um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, região central da capital federal, no dia 25 de fevereiro. Roberto Dias foi indicado ao cargo pelo líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Sua nomeação ocorreu em 8 de janeiro de 2019, na gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM). A Folha tentou, sem sucesso, contato com Dias na noite desta terça-feira (29). Ele não atendeu as ligações.
Tarifa sairá dos atuais R$ 6,24 para R$ 9,49 para cada 100 KW/hora
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu pelo aumento do valor cobrado nas bandeiras tarifárias da conta de luz. A bandeira vermelha patamar 2 teve o maior reajuste e passou dos atuais R$ 6,24 para R$ 9,49. A deliberação ocorreu na manhã desta terça-feira (29/6).
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse hoje, em conversa com apoiadores, que não tem como saber o que acontece nos ministérios ao comentar sobre as suspeitas em relação à compra da vacina indiana Covaxin. Dizendo que precisa ter confiança em cada ministro, ele afirmou que ‘nada fez de errado’. Sem citar nominalmente o deputado Luís Miranda (DEM-DF), ele ainda disse que, quando foi informado sobre possíveis irregularidades, ‘não sabia como estava a questão da tratativa da Covaxin’….
Tratam-se agora de suspeitas na compra da vacina Convidecia, do laboratório chinês CanSino, cuja empresa intermediária é a BelCher Farmacêutica Brasil, com sede em Maringá, terra do líder do governo, Ricardo Barros. Um dos sócios é Daniel Moleirinho, filho de um parceiro político de Barros, Chiquinho Ribeiro
Desta vez, a empresa intermediária é a BelCher Farmacêutica Brasil, com sede em Maringá, terra do líder do governo, Ricardo Barros, que teve o nome citado na sexta pelo deputado Luis Miranda como alguém que comandava o esquema na Covaxin, do qual Bolsonaro sabia e não fez nada. Um dos sócios da empresa é Daniel Moleirinho, cujo pai é parceiro político de Barros.
As revelações foram feitas pelo jornalista Hugo Souza, em seu Facebook. Em um outro texto, ele ainda resgatou uma relação mais antiga entre o líder do governo e a Precisa, representante no Brasil da fabricante da vacina indiana, Barath Biontech, desde quando a empresa fornecia preservativos femininos ao Ministério da Saúde.
Menos de dois meses depois de dizer, segundo o deputado Luis Miranda, de que um eventual esquema de corrupção na compra de vacina contra covid-19 “era coisa” do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, o presidente Jair Bolsonaro nomeou a esposa do paranaense para o cargo de conselheira de administração de Itaipu. Bolsonaro publicou a nomeação da ex-governadora do Paraná Cida Borghetti (PP) no dia 6 de maio no Diário Oficial da União. De acordo com Luis Miranda, a conversa entre ele e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, e o presidente da República ocorreu no dia 20 de março, no Palácio da Alvorada, residência oficial do chefe do Executivo.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) gritou com uma repórter durante o evento de inauguração do Centro de Tecnologia 4.0 que aconteceu na manhã de hoje, em Sorocaba, no interior de São Paulo. Ao ser questionado por uma jornalista da CNN sobre o atraso da compra de vacinas e sobre o contrato com a Covaxin, o presidente gritou e disse que a imprensa faz “perguntas idiotas” e “ridículas”….
Bolsonaro (sem partido) voltou a se envolver em polêmicas sobre o uso de máscara no Rio Grande do Norte. Durante um dos eventos de sua agenda no Estado, o presidente abaixou a máscara de uma criança que foi colocada em seu colo para uma fotografia. Em meio a uma aglomeração de pessoas, ele pegou o garoto por cima da grade de proteção instalada pela segurança, e abaixou o equipamento de proteção. O vídeo foi divulgado nas redes sociais….