O presidente dedicou 50 minutos a apoiadores na porta do Alvorada na manhã desta quinta-feira, um dos recordes dele. Gastou parte deles contando piadas.
Depois de lançar suspeita sobre as eleições do ano que vem mais uma vez, entre outros comentários, ele resolveu se justificar pelo longo tempo longe do trabalho:
— Ó, a agenda lá está folgada hoje de manhã, por isso estou aqui, ‘tá’?
Gravações inéditas apontam o envolvimento direto do presidente da República, Jair Bolsonaro, no esquema ilegal de entrega de salários de assessores na época em que ele exerceu seguidos mandatos de deputado federal (entre os anos de 1991 e 2018).
Os áudios podem ser ouvidos no vídeo que aparece nesta reportagem.
Em três reportagens publicadas hoje na coluna da jornalista Juliana Dal Piva, o UOL mostra gravações que revelam o que era dito no círculo íntimo e familiar do presidente.
O parecer do Ministério da Saúde que embasou a decisão de pedir o mínimo possível de doses no consórcio Covax Facility, da OMS, cobrindo apenas 10% da população, justifica a decisão com a argumentação de que a vacinação deveria se voltar aos “grupos de risco”. O documento, da Secretaria Executiva do órgão, argumenta que não seria necessário vacinar toda a população. A nota, de agosto do ano passado, é assinada por Elcio Franco, então Secretário Executivo, Arnaldo Correia de Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde, e outras autoridades. Em uma tabela, há o cálculo de que, para vacinar os grupos de risco (idosos, trabalhadores na área de saúde, indígenas e outros) seria preciso comprar apenas 89 milhões de doses de vacina.
Versões foram apresentadas pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, senador Jorginho Mello e pelo líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho
Desde que as denúncias envolvendo irregularidades no contrato para a compra da vacina indiana Covaxin – feitas pelo servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda e por seu irmão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) – vieram à tona, o governo Jair Bolsonaro já apresentou ao menos três versões diferentes para tentar justificar a operação.
Dados reunidos pela Folha de S.Paulo mostraram o valor recebido por diversos apresentadores para falarem bem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e das decisões de seu governo.
A lista começa pela apresentadora Luciana Gimenez. Admiradora do chefe do executivo, a comandante do SuperPop e Luciana By Night recebeu o montante de R$ 51 mil por meio do Magic Lu Produções.
Na continuação dos pagamentos aparece o jornalista Luís Ernesto Lacombe, que recebeu R$ 20 mil por meio da empresa Lala Produções.
Nelson Rubensé outro a figurar na lista dos recebedores. Em 2019, o ex-apresentador do TV Fama recebeu R$ 3.474 para fazer propaganda do governo.
Apresentador do Balanço Geral RJ, Tino Júnior recebeu a quantia de R$ 45, 7 mil em repasses para a empresa “Que isso Fera!!!” Serviços de Produções Artísticas e Eventos.
O Cagômetro está produzindo infográficos para serem compartilhados em grupos de Whatsapp e Facebook. Contamos com ajuda de vocês para espalhar todas as atrocidades que o Biroliro cometeu.
No final de março deste ano, a bilionária venda da vacina indiana Covaxin para o governo brasileiro havia, ao menos teoricamente, subido no telhado. Luis Miranda (foto), o deputado que na semana passada ganhou os holofotes ao denunciar a existência de um possível esquema de corrupção por trás do negócio, tinha acabado de ir até o presidente Jair Bolsonaro relatar as suspeitas em torno do contrato. Funcionário de carreira do Ministério da Saúde e lotado justamente no setor encarregado de cuidar das importações de medicamentos, o irmão dele, Luis Ricardo Miranda, estava sob pressão para deixar o processo de compra da Covaxin correr mesmo diante de vários indícios de irregularidades. Bolsonaro, como contou o deputado à CPI da Covid, prometeu acionar a Polícia Federal para apurar as suspeitas, mas não há sinal de que qualquer investigação tenha sido aberta. O presidente teria dito ainda, durante o tête-à-tête com Luis Miranda, que o rolo da vacina era coisa de Ricardo Barros, líder do governo na Câmara dos Deputados. As suspeitas levantadas pelo parlamentar deram à CPI uma linha de investigação que pode resultar em problemas concretos para Bolsonaro.
Representante da empresa Davati Medical Supply afirmou à repórter Constança Rezende que proposta partiu de Roberto Dias, diretor do Ministério da Saúde
O representante de uma vendedora de vacinas afirmou em entrevista à Folha que recebeu pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde. Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, disse que o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, cobrou a propina em um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, região central da capital federal, no dia 25 de fevereiro. Roberto Dias foi indicado ao cargo pelo líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Sua nomeação ocorreu em 8 de janeiro de 2019, na gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM). A Folha tentou, sem sucesso, contato com Dias na noite desta terça-feira (29). Ele não atendeu as ligações.
Tarifa sairá dos atuais R$ 6,24 para R$ 9,49 para cada 100 KW/hora
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu pelo aumento do valor cobrado nas bandeiras tarifárias da conta de luz. A bandeira vermelha patamar 2 teve o maior reajuste e passou dos atuais R$ 6,24 para R$ 9,49. A deliberação ocorreu na manhã desta terça-feira (29/6).